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SEMINÁRIO: CULTURA DE PAZ E VIOLÊNCIA – SÃO PAULO
- 20/05/2025
- Postado por: Associação Mulheres pela Paz
- Categoria: Seminários, Oficinas e Exposições

CULTURA DE PAZ E VIOLÊNCIA: SEMINÁRIO FINAL EM SÃO PAULO REÚNE A RIQUEZA DE PARTICIPANTES DAS CINCO REGIÕES DO ESTADO
Em plena segunda feira, 19/5/2025, Sampa teve a honra de receber de braços abertos 50 lideranças altamente qualificadas, para o encerramento do projeto “Cultura de Paz na Luta contra a Violência às Mulheres e Meninas”: Santo André e região, Sumaré e região, Ribeirão Preto e região, Marília e região e Votuporanga e região. Foi grande a emoção da troca de saberes, com as singularidades e peculiaridades de cada região.
Na ocasião, foi feito o lançamento da publicação que sistematizou todo o processo de construção conjunta do saber, uma das últimas etapas da metodologia de educação popular feminista, que alicerçou o projeto e foi cumprida a risco, com evento preparatório preliminar e oficina de capacitação em cada uma das localidades. A publicação é um importante instrumento de multiplicação.
Integrantes de cada uma das cinco regiões expuseram as oportunidades e as dificuldades para levar avante o Plano de Ação de Continuidade, que foi gestado ao final das oficinas, propiciando uma fundamental troca de experiências.
Uma vez mais, agradecimentos especiais ao empenho de participantes das diferentes localidades, pela inclusão de diversas cidades de cada região; pelas parcerias locais que incluíram ONGs, órgãos de governo e universidades; pela intervenção nos meios de comunicação de massa visando cooptar um público mais amplo, para além da “bolha”; e pela profundidade com que palestrantes abordaram as diversas temáticas.
Não podemos nos esquecer que uma em cada três mulheres sofre violência no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde); o Brasil é o quinto país no mundo com o maior número de feminicídios; a cada seis minutos uma mulher é estuprada; de acordo com a ONU Mulheres, 24% das mulheres a partir de 15 anos são vítimas de violência de gênero.
E como se sabe, o feminicídio é uma morte anunciada: começa com a implicância com a roupa curta, o xingamento, o empurrão, o tapa…
Aplicar a cultura de paz significa alicerçar as ações no respeito à diversidade e pluralidade das pessoas, enfrentando a guerra do dia a dia que está retratada na discriminação de classe, gênero e suas identidades, raça, sexo, orientação sexual. Significa desconstruir as discriminações que determinam o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade, tendo como principal consequência a violência contra mulheres e meninas.
Dentre os impactos esperados, destacam-se: ressignificação das relações sociais de gênero (algo que se modifica ao modificar), por meio da conscientização sobre a existência de vieses inconscientes como impulsionadores da hierarquização entre mulheres e homens com base, principalmente, nas diferenças de sexo, raça, orientação sexual e identidades de gênero; contribuição no processo de quebra do silêncio e da invisibilidade da grave realidade da violência de gênero, com destaque para o feminicídio, levando em conta as principais interseccionalidades; fortalecimento das participantes no processo de prevenção e enfrentamento à violência de gênero; contribuição para o embasamento de políticas públicas relativas à prevenção da violência de gênero; aumento da sensibilidade da mídia e da opinião pública sobre a gravidade da problemática, como consequência das desigualdades de gênero.
Agradecimento especial ao Ministério das Mulheres do Governo Federal pelo imprescindível apoio ao projeto.
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