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Ribeirão Preto recebe oficina de Violência contra Mulheres e Cultura de Paz
- 07/10/2024
- Postado por: Associação Mulheres pela Paz
- Categoria: Seminários, Oficinas e Exposições
Oficina aconteceu em 02 de outubro, com lideranças da região.
As atividades foram uma realização da Associação Mulheres pela Paz, presidida por Clara Charf, hoje com 99 anos, e dirigida por Vera Vieira. O apoio é do Ministério das Mulheres. As imprescindíveis parcerias locais foram: Casa da Mulher Ribeirão Preto, ONG Arco Íris, Comissão das Mulheres Advogadas da OAB Subseção Ribeirão Preto, Mães pela Diversidade, ONG Vitória Régia, Araraquara News, Fundação Leonel Brizola, ABRAFH – Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, CMADS – Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual. As demais parcerias da região não estão sendo divulgadas em função do período eleitoral.
Uma em cada três mulheres sofre violência no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde); o Brasil é o quinto país no mundo com o maior número de feminicídios; a cada seis minutos uma mulher é estuprada; de acordo com a ONU Mulheres, 24% das mulheres a partir de 15 anos são vítimas de violência de gênero. E como se sabe, o feminicídio é uma morte anunciada: começa com a implicância com a roupa curta, o xingamento, o empurrão, o tapa…
Para enfrentar essa realidade, é preciso promover a prevenção por meio da promoção da educação popular feminista, formação e informação, visando à desconstrução de estereótipos discriminatórios e o fortalecimento de mulheres e meninas, para acesso aos direitos. Estes foram os principais objetivos da oficina que aconteceu dia 02 de outubro, em Ribeirão Preto, com 50 lideranças locais, previamente escolhidas, que atuam em ONGs, movimentos sociais, órgãos públicos e universidades. As atividades também estão programadas para outras cidades do estado de São Paulo: Santo André, Ribeirão Preto, Marília, Votuporanga e São Paulo, onde será realizado o seminário final reunindo lideranças das demais localidades.
Aplicar a cultura de paz significa alicerçar as ações no respeito à diversidade e pluralidade das pessoas, enfrentando a guerra do dia a dia que está retratada na discriminação de classe, gênero e suas identidades, raça, sexo, orientação sexual. Significa desconstruir as discriminações que determinam o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade, tendo como principal consequência a violência contra mulheres e meninas.
Dentre os impactos esperados, destacam-se: ressignificação das relações sociais de gênero (algo que se modifica ao modificar), por meio da conscientização sobre a existência de vieses inconscientes como impulsionadores da hierarquização entre mulheres e homens com base, principalmente, nas diferenças de sexo, raça, orientação sexual e identidades de gênero; contribuição no processo de quebra do silêncio e da invisibilidade da grave realidade da violência de gênero, com destaque para o feminicídio, levando em conta as principais interseccionalidades; fortalecimento das participantes no processo de prevenção e enfrentamento à violência de gênero; contribuição para o embasamento de políticas públicas relativas à prevenção da violência de gênero; aumento da sensibilidade da mídia e da opinião pública sobre a gravidade da problemática, como consequência das desigualdades de gênero.
AGENDA – 02/10/2024 (quarta-feira) – Ribeirão Preto/SP
HORÁRIO |
TEMA |
RESPONSÁVEL |
9h – 9h30 |
Credenciamento e café |
Walkíria Ferraz – responsável pela logística e secretaria |
9h30 – 10h30 |
Dinâmica de apresentação e contextualização do projeto |
Vera Vieira Doutora em comunicação e feminismo pela USP/ECA; diretora-executiva da Associação Mulheres pela Paz; educadora popular feminista; ex-coordenadora da Rede Mulher de Educação; autora ou organizadora de diversas publicações interconectando estudos de gênero e novas tecnologias, e sobre violência de gênero. |
10h30 – 11h30 |
A PAZ é feminista e interseccional |
Idem |
11h30 – 12h30 |
Feminismos e Feminilidades, Patriarcado e Masculinidades, Vieses Inconscientes da Discriminação |
Marilda Lemos Doutora em Ciências Sociais pela FFLCH/USP; Membro do Comdim de Pirajuí/SP; Facilitadora do Programa E Agora José? de Pirajuí e professora do Curso Gênero e Masculinidades do mesmo programa da ONG Entre Nós. José dos Reis Santos Filho Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas, Doutor em Ciências. |
12h30 – 13h30 |
Almoço |
|
13h30 – 14h30 |
Os tipos de violência contra mulheres e meninas, as leis e os canais de ajuda |
Rosa Vanessa Alves Lima Enfermeira e doutoranda pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Primeira secretária da OSC Casa da Mulher, Promotora Legal Popular desde 2019, integrante do grupo de pesquisa Gmulheres, com foco na saúde da mulher. |
14h30 – 15h30 |
A interseccionalidade racial como fator agravante da violência |
Bya Faria Pedagoga, historiadora, facilitadora de círculos, mediadora de clubes e encontros literários, educadora social e palestrante. |
15h30 – 16h30 |
A vulnerabilidade da população LGBTQIAPN+ |
Fábio de Jesus Conselheiro Estadual LGBT, ex conselheiro nacional LGBT, presidente da ONG Arco-Íris, ex presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de Ribeirão Preto. |
16h30 – 17h30 |
Plano de Ação: propostas de continuidade |
Vera Vieira |
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