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Marília recebe oficina de Violência contra Mulheres e Cultura de Paz
- 04/12/2024
- Postado por: Associação Mulheres pela Paz
- Categoria: Seminários, Oficinas e Exposições
LIDERANÇAS INDÍGENAS, RURAIS, NEGRAS, DE ONGs, ÓRGÃOS PÚBLICOS E UNIVERSIDADES:
MARÍLIA RECEBE OFICINA DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E CULTURA DE PAZ
Oficina aconteceu em 29 de novembro, com toda a diversidade da região
Uma em cada três mulheres sofre violência no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde); o Brasil é o quinto país no mundo com o maior número de feminicídios; a cada seis minutos uma mulher é estuprada; de acordo com a ONU Mulheres, 24% das mulheres a partir de 15 anos são vítimas de violência de gênero. E como se sabe, o feminicídio é uma morte anunciada: começa com a implicância com a roupa curta, o xingamento, o empurrão, o tapa…
As atividades em Marília foram uma realização da Associação Mulheres pela Paz, presidida por Clara Charf, hoje com 99 anos, e dirigida por Vera Vieira. O apoio é do Ministério das Mulheres. As imprescindíveis parcerias locais foram: ABUNA “oferece proteção, provisão e acolhimento”, Coletivo de Mulheres de Garça, Coletivo de Mulheres Marília, Conselho Municipal de Políticas LGBTI+, Conselho Municipal de Promoção Igualdade Racial de Marília, Conexão Migrante, C.R.I.M. – Coletivo de Resistência Indígena de Marília, Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Direitos Humanos Prefeitura de Marília, Diretoria de Ensino – Educação Estadual, FAMEMA – Faculdade de Medicina de Marília, Mulheres em Missão – Ministério das Mulheres, NUDHUC – Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania de Marília, NUDISE – Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual na Educação, OAB Marília, Rede Reabilitação Lucy Montoro, Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, Secretaria Municipal de Educação, Sindicato dos Químicos de Marília.
Para enfrentar a cruel realidade da violência contra mulheres e meninas, é preciso promover a prevenção por meio da promoção da educação popular feminista, formação e informação, visando à desconstrução de estereótipos discriminatórios e o fortalecimento de mulheres e meninas, para acesso aos direitos. Estes foram os principais objetivos da oficina que aconteceu dia 29 de novembro, em Marília, com 50 lideranças da região, previamente escolhidas, que atuam em ONGs, movimentos sociais, órgãos públicos e universidades. Além de Vera Vieira, de São Paulo, o evento contou com excelentes palestrantes locais: Marilda Lemos, Camila Rodrigues da Silva, Luciana Santos e Cin Falchi. Ao final do evento, foi consensado um plano de ação de continuidade.
As atividades também estão programadas para outras cidades do estado de São Paulo: Santo André, Sumaré, Ribeirão Preto, Votuporanga e São Paulo, onde será realizado o seminário final reunindo lideranças das demais localidades.
Aplicar a cultura de paz significa alicerçar as ações no respeito à diversidade e pluralidade das pessoas, enfrentando a guerra do dia a dia que está retratada na discriminação de classe, gênero e suas identidades, raça, sexo, orientação sexual. Significa desconstruir as discriminações que determinam o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade, tendo como principal consequência a violência contra mulheres e meninas.
Dentre os impactos esperados, destacam-se: ressignificação das relações sociais de gênero (algo que se modifica ao modificar), por meio da conscientização sobre a existência de vieses inconscientes como impulsionadores da hierarquização entre mulheres e homens com base, principalmente, nas diferenças de sexo, raça, orientação sexual e identidades de gênero; contribuição no processo de quebra do silêncio e da invisibilidade da grave realidade da violência de gênero, com destaque para o feminicídio, levando em conta as principais interseccionalidades; fortalecimento das participantes no processo de prevenção e enfrentamento à violência de gênero; contribuição para o embasamento de políticas públicas relativas à prevenção da violência de gênero; aumento da sensibilidade da mídia e da opinião pública sobre a gravidade da problemática, como consequência das desigualdades de gênero.
AGENDA – 29/11/2024 (sexta-feira) – Marília/SP
HORÁRIO |
TEMA |
RESPONSÁVEL |
9h – 9h30 |
Credenciamento e café |
Walkíria Ferraz – responsável pela logística e secretaria |
9h30 – 10h30 |
Dinâmica de apresentação e contextualização do projeto |
Vera Vieira é diretora-executiva da Associação Mulheres pela Paz, com mestrado e doutorado pela USP/ECA, tendo realizado pesquisas-ação junto ao movimento de mulheres, inter-relacionando comunicação e estudos de gênero / violência contra mulheres e meninas; é autora e coordenadora de diversas publicações. |
10h30 – 11h30 |
A PAZ é feminista e interseccional |
Idem |
11h30 – 12h30 |
Feminismos e Feminilidades, Patriarcado e Masculinidades, Vieses Inconscientes da Discriminação |
Marilda Lemos Doutora em Ciências Sociais pela FFLCH/USP, Membro do Comdim de Pirajuí/SP, Facilitadora do Programa E Agora José? de Pirajuí e professora do Curso Gênero e Masculinidades do mesmo programa da ONG Entre Nós. |
12h30 – 13h30 |
Almoço |
|
13h30 – 14h30 |
Os tipos de violência contra mulheres e meninas, as leis e os canais de ajuda |
Camila Rodrigues da Silva Doutora em Ciências Sociais Coordenadora de Gestão Pedagógica da Escola Estadual José Ambrósio dos Santos Integrante da Coordenação do Coletivo de Mulheres Marília Desenvolve pesquisas e atua no combate à violência contra as mulheres na cidade de Marília. |
14h30 – 15h30 |
A interseccionalidade racial e étnica como fator agravante da violência |
Luciana Santos Professora, servidora pública municipal, cientista social pela Unesp de Marília, especialista em arte e educação, foi chefe de gabinete da secretaria da cultura, assessora de assuntos estratégicos da Secretaria de Direitos Humanos, atualmente é assessora de assuntos estratégicos da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Marília. Foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e dirigente estadual da União Brasileira de Mulheres |
15h30 – 16h30 |
A vulnerabilidade da população LGBTQIA+ |
Cin Falchi Doutor em Educação, graduado em Filosofia e Pedagogia, Professor de Educação Infantil no Município de Marília, Professor de Saúde Integral da População LGBTI+ – FAMEMA, presidente do Conselho Municipal de Políticas LGBTI+ e diretor de Saúde do Trabalhador do SINDIMMAR. |
16h30 – 17h30 |
Plano de ação para continuidade das atividades |
Vera Vieira |
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