Tem alguma pergunta?
Mensagem enviada. Fechar

Você concorda que as interseccionalidades vão definir o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade? Você poderia descrever algum exemplo que vivenciou ou tomou conhecimento?

Home Fóruns Negócio de Mulher Você concorda que as interseccionalidades vão definir o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade? Você poderia descrever algum exemplo que vivenciou ou tomou conhecimento?

Visualizando 21 respostas da discussão
  • Autor
    Posts
    • #6639

      Você concorda que as interseccionalidades vão definir o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade? Você poderia descrever algum exemplo que vivenciou ou tomou conhecimento?

    • #6864
      Silvia Fasioli
      Participante

      Concordo. Nossa, tenho muitos exemplos, acontecem diariamente. Hoje mesmo, agora há pouco, uma colega me contou que não gostavam dela na faculdade por ser nordestina e quem um colega (homem) mandava ela “maneirar no nordestinês” (preconceito linguístico). Comigo, posso citar dois lugares onde trabalhei na iniciativa privada: em ambos, os homens_ todos brancos_ ficavam nos cargos de chefia ou no suporte (TI). As mulheres, em outros cargos: as brancas trabalhavam no atendimento, no máximo em um cargo de gerência. As pretas e mais velhas ficavam na limpeza, copa ou oficina. Eu me sentia extremamente mal com isso, mesmo antes de adquirir um pensamento crítico sobre o assunto. Era constantemente assediada pelos homens e não entendia por que as pretas ficavam com o serviço pesado e salários menores. Com o tempo, passei a entender. Mesmo sendo considerada uma das que podiam ficar na recepção ou no balcão, eu fui obrigada a alisar o cabelo. Em um desses lugares, presenciei clientes falando em francês rebaixando nossa costureira. A conta fecha com homens brancos tendo acesso aos melhores salarios e cargos.

      • #6936

        Sim, com certeza. Impossivel discutir poder e oportunidades sem as intersccionalidades. Um situaçao que exclui, discrimina e viola nunca vem sozinha. Uma unica pessoa pode sofrer várias violações ao mesmo tempo ou separadas. Não sofro racismo porque sou branca, mas sofro discriminação de classe por ser mulher, pobre, nordestina, gorda, com padrão de beleza diferente, até pela escolha da minha profissão também já sofri..de Assistente Social. É muito importante discutir as interseccionalildades sempre.

    • #6872

      A intersecção de raça, gênero e classe social condicionam determinados grupos, em especial as mulheres negras, a produção e reprodução de desigualdades sociais no Brasil. Diariamente nós conseguimos ter experiências e exemplos que demonstram essa desigualdade, principalmente com as mulheres negras que perdem o poder e oportunidades.

    • #6879
      Zeza Lopes
      Mestre

      Concordo. Passei a adotar o termo interceccionalidade nos últimos 5 anos, mas desde meados dos anos 70, quando entrei na faculdade de ciências sociaisSP, aprendi à fazer análise de realidade para entende de onde vinham as discriminações nas relações interpessoais. Penso que cada uma de nós mulheres e homens somos vítimas e ao mesmo tempo responsáveis por reproduzir com maior ou menos intensidade a cultura patriarcal, racista e de classe.

    • #6882

      Concordo. A grande diversidade de condições das pessoas na sociedade exige o uso da interseccionalidade como forma de análise das relações de poder ( subordinação) que tendem a promover opressões, desigualdades e discriminações. A interseccionalidade serve como instrumento para reconhecer a vulnerabilidade de minorias, promover sua inclusão social, e proteção aos direitos humanos. Como exemplo, temos a intersecção de raça, gênero e classe social que condicionam estruturalmente determinados grupos, em especial as mulheres negras e indígenas na produção e reprodução de desigualdades sociais.

    • #6885
      Andreia Roque
      Participante

      Concordo a interseccionalidade define grau de poder e oportunidades

    • #6886
      Lucilene Cruz
      Participante

      Sim, concordo plenamente. Vivenciamos como agricultora sem-terra e isso até hoje, mesmo estando no Assentamento rural a mais de 35 anos, somos olhadas e discriminadas pelos “donos da cidade” como “ralé “, “pobres sem-terra”. Como se fossemos ignorantes em instrução, sem educação, em conviver com quem “tem dinheiro, escolaridade, etc” . Creio que isso será por muitas décadas ainda, até que o ser humano veja o outro também como ser humana. E outra coisa dentro do Assentamento por eu não usar veneno nas plantas, faço sistema agroflorestal, agroecologia sou tratada com desrespeito por alguns, que dizem assim: vc que faz agroecologia, que trabalha com mulher…. e assim por diante. Mas eu os coloco no lugar deles. Gratidão!

    • #6889
      Joci Aguair
      Participante

      Concordo. Um exemplo sou eu mesma. como nortista e preta, tenho uma forma de falar diferente que muitas vezes não são aceitas. A questão da cor ainda impera no Brasil principalmente para as mulheres negras, indígenas e LGBTQIA+, quando concorrem a cargos de lideranças institucionais. No Brasil racista as mulheres negras devem ficar no chão da casa das mulheres brancas.

    • #6893
      Thiago Scatena
      Participante

      Concordo. Eu como homem branco, heteronormativo e classe media alta sou um exemplo dessa relação. Podemos apontar o baixo número de professoras de universidades públicas de prestígio que são mulheres negras, ou médicas negras, ou pessoas em situação de rua homens brancos.

    • #6898
      Eliene Coelho Silva
      Participante

      Sim, concordo, contribuem, redefinem projetos, ações, pessoas para ações coletivas em prol do bem comum. O exemplo que posso citar, são as cotas raciais, que a partir deste movimento e criação da lei, milhares de pessoas já passaram pela Universidade e hoje seguem seu s destinos.

    • #6899
      Marlene
      Participante

      Concordo, define a intersecção de identidades sociais ou discriminação. Certa vez, num determinado local de trabalho, a Direção sabia de minha competência técnica na área social, mesmo assim, lutava para a minha saída daquela organização social, eu sentia que o motivo era por ser preta….!!!

    • #6902

      Sim, concordo! A vida em sociedade exige muito das competencias da ser humanos e suas relações sociais, culturais e politicas,

    • #6907
      Carla Rebolo
      Participante

      Sim, concordo, redefine a sociedade, que é preconceituosa, dando assim direito de igualdade entre muitos.

    • #6909
      ademara85@hotmail.com
      Participante

      Totalmente, as interseccionalidades interferem diretamente no poder e oportunidades e podemos visualizar isso em nosso cotidiano. Atuando na Assistencia Social percebo essa interferencia de forma muoto clara, sendo que na grande maioria das vezes de forma negativa.

    • #6912

      Sim, concordo. O que dizer do que nós nordestinos/as (de maioria preta, mulher, classe social E, D), tivemos que ouvir e ver agora nesse período eleitoral? Por termos votado (a maioria da população) num político que nos representa.

    • #6916
      janaina-dieder
      Participante

      Concordo sim. Eu sou mulher branca, então a parte do racismo não chega a mim. Mas conheço casos de outras pessoas. Tenho um amigo que foi meu colega na graduação, ele é negro e, apesar de ser homem, também sofreu várias questões pela questão da raça. Se não fosse pelo prouni, ele não teria acessado o ensino superior. E hoje somos colegas no doutorado, pois recebemos bolsa capes. Por isso a importância de políticas afirmativas para a justiça social.

    • #6918
      marcelagea_
      Participante

      Sim, eu concordo. Eu enquanto mulher branca e cisgênero reconheço os privilégios que tenho em meu lugar social. As oportunidades que me foram negada foram pela violencia de gênero e classe social

    • #6921
      cleofurquim
      Participante

      Concordo sim. Enquanto mulher na política vivenciei no ambiente institucional governamental inúmeras situações como a de falta de representatividade diversas de mulheres nos espaços de poder e decisão. Foi a partir disso e baseados nessas experiências vividas que busquei aprofundar estudos e propor reflexões para implementar políticas públicas interseccionais com maior efetividade e baseadas nos recortes gênero, raça e classe. Imprescindíveis para o processo de inclusão maior das mulheres na sociedade.

    • #6924

      Concordo. A história está repleta dos exemplos das consequências das interseccionlidades. Podemos ver nas estatísticas sobre violências contra as mulheres, nos índices de pobreza, de desemprego, entre outros. As violências e injustiças sociais além de ter gênero, tem cor, tem escolaridade, nível de acesso a oportunidades de educação e emprego, etc. Por isso é tão necessário que essas interseccionalidades não só façam parte da construção de conhecimento, de lutas, mas de toda a reformulação da sociedade.

    • #6925

      Concordo, minha esperiencia pessoal com interseccionalidade veio de casa, mãe branca que foi adotada para ajudar na casa de família rica no RJ, sofreu inúmeras violência onde passou a ser violenta com as 5 mulheres, eu e minhas irmãs.
      Mas, Ela teve a oportunidade de ingressar num projeto proficionalizante onde, recebeu amor e profissão.
      Mas infelizmente ainda desde criança carreguei um *fardo”, aprendi que esse fardo pode ser meu escudo num ambiente machista e racista; consigo ter a percepção de uma violência velada e perigosa!
      Acredito que tudo é questão de oportunidade, oportunidade de dialogar
      Fazendo política com a nossa experiência e vivências.

    • #6928

      Concordo. Realmente as interseccionalidades definem o grau de poder e oportunidades das pessoas em sociedade, isso por que o grau de privilégio que atinge o que é “padrão” (mulheres/homens brancas, heteronormativo, classe média, etc…) não abrange o todo. A minoria que pode ser vista pelas mulheres negras, pessoas com deficiência, indígenas, LGBTQUIA+ não têm a localização, identificação e condição social que os respectivos privilegiados possuem, tendo que provarem a todo momento a capacidade de fazerem igual ou ainda melhor que os “privilegiados”. Isso só retarda a tão sonhada e almejada igualdade e equidade de gênero.
      No meu dia a dia enquanto Advogada presencio o fardo pesado de mulheres em situação de vulnerabilidade. Negras, mães solo… o viés do recorte faz com que a questão da interssecionalidade não seja levada em consideração haja vista a reprodução constante de uma sociedade racista, sexista, misógina, homofóbica e patriarcal. A descontrução disso tudo está no empoderamento dessas mulheres, o que tendo levar no meu ofício enquanto militante feminista. A Revolução será/é feminista!

    • #7221
      Vera Vieira
      Mestre

      (educadora)

Visualizando 21 respostas da discussão
  • Você deve fazer login para responder a este tópico.