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Mulheres ocupando e transformando espaços de poder e decisão

Curso Online

É nos espaços de poder e decisão que se consegue influenciar e alterar a realidade das desigualdades de gênero e suas interseccionalidades. No Brasil, continua sendo um grande desafio o aumento dessa participação feminina, seja no âmbito político, governamental ou empresarial. Em 2022, o Brasil ocupou a posição 129, com apenas 17,7% de assentos ocupados por mulheres na Câmara dos Deputados (TSE). As mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Grant Thornton com 250 empresas. Na comparação com outros países, o Brasil está atrás de África do Sul (42%), Turquia e Malásia (40%) e Filipinas (39%), mas tem um resultado melhor do que a média da América Latina (35%), por exemplo.

O projeto Mulheres ocupando e transformando espaços de poder e decisão prevê a realização de ciclo de capacitação on-line, pela plataforma virtual da entidade, visando o aumento do número de mulheres nos espaços de poder e decisão, além de campanhas e sistematização do processo, como instrumento de multiplicação. As atividades estão alicerçadas na metodologia de educação popular feminista, isto é, construídas com as pessoas e não para as pessoas.

O conteúdo teórico e prático foca aspectos subjetivos e objetivos que auxiliem na desconstrução de estereótipos discriminatórios e o fortalecimento das participantes, para aumentar o número de mulheres ocupando os espaços de poder e decisão, impactando, assim, na realidade das inequidades de gênero e suas interseccionalidades.

As oficinas on-line

Módulo 1: Gênero e Interseccionalidades, Poder e Vieses Inconscientes das Discriminações;

Módulo 2: A Importância de Ocupar os Espaços de Poder e Decisão;

Módulo 3: Buscando a Construção de Referências Feministas de Poder;

Módulo 4: O Consenso, o Dissenso e a Arte da Negociação;

Módulo 5: O Empoderamento Psicológico, Emocional, intelectual e Financeiro das Mulheres;

Módulo 6: Conciliando Vida Privada e Vida Pública;

Módulo 7: A Incidência nas Mídias para Pautar e Ampliar a Participação Efetiva de Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão;

Módulo 8: Redes, Alianças e Articulações.

A raiz do problema da baixa participação feminina

São diversos os fatores que podem explicar a baixa participação feminina nesses espaços, entre eles, a tripla jornada (trabalho remunerado, tarefas domésticas e tarefas do cuidado); falta de apoio financeiro e outros pelos partidos políticos; ausência de referências femininas de ocupação do poder; violência doméstica, sexual e assédios. Ao nascer, as mulheres já se encontram em desvantagem em relação aos homens. Essa desigualdade vai acompanhar as mulheres na trajetória de vida, em termos das oportunidades e do nível de poder. Se ela for pobre, de raça negra, indígena, com outra orientação sexual e identidade de gênero, a situação vai piorar ainda mais. A raiz dessa injustiça milenar está na forma equivocada com que se aprende as noções de feminilidade e masculinidade. São as relações sociais de gênero que colocam a mulher em situação de subordinação ao homem. Trata-se de uma construção social, reforçada pela cultura e que vem sendo mantida historicamente por milênios. Assim há a necessidade de se empoderar as mulheres em termos psicológicos, emocionais e financeiros, visando um mundo mais equilibrado entre mulheres e homens, o que será benéfico para toda a sociedade.

Empoderamento é a capacidade da pessoa realizar, por si mesma, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer (Paulo Freire). O processo de empoderamento se dá através da conscientização de que todas as pessoas são iguais em direitos e deveres; que os direitos das mulheres nada mais são do que direitos humanos; que o corpo da mulher a ela pertence e isso deve ser respeitado; que uma vida sem violência é um direito das mulheres; que existe Lei para punir os crimes de violência doméstica, violência sexual, assédio, tráfico para fins sexuais; que a informação de qualidade é fundamental na trajetória de vida… Para tanto, é preciso buscar: elevar a autoestima gostando de si mesma, cuidando-se, valorizando-se e aprendendo coisas novas; novos cursos; equilibrar as diferentes dimensões da vida – física, emocional, profissional e espiritual; se unir a outras mulheres e considerar as diferenças das pessoas e das opiniões como um rico caminho de aprendizado; aproveitar os conhecimentos e habilidades para atingir aspirações e gerar renda, visando a autonomia financeira e satisfação pessoal.

Este projeto é importante para que mulheres e meninas das áreas periféricas urbanas e rurais busquem ocupar e transformar os espaços de poder e decisão. Os estereótipos discriminatórios – de gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, etc. – precisam ser desconstruídos em todos os espaços: dentro de casa, na rua, nas escolas, nas igrejas, nas leias, nas instituições públicas e privadas, na literatura (na escrita e nas imagens), nos meios de comunicação de massa… Para o processo de desconstrução, é preciso a sensibilização e a conscientização dos preconceitos e das discriminações, principalmente dos vieses inconscientes, que são “as preferências que ficam escondidas no inconsciente e que influenciam as atitudes, as percepções, os julgamentos e as ações das pessoas sem que elas percebam que estão dando vantagem para um determinado aspecto”. Nada melhor do que a metodologia de educação popular feminista que vai trabalhar aspectos teóricos da problemática, mas, principalmente, aspectos emocionais, que levarão à sensibilização e o impulsionamento para a busca de recursos necessários para alterar a realidade vigente.

Lembre-se: lugar de mulher é onde ela quiser! Por que não nos espaços de poder e decisão?

Não basta ser mulher!
É preciso adotar atitude pela equidade, diversidade e pluralidade.

Resultados esperados

São mulheres que farão a diferença nessas posições, com impactos positivos para a luta pela equidade de gênero e interseccionalidades, com a contribuição da capacitação pelas oficinas on-line, dos materiais de divulgação e do processo de multiplicação com a publicação eletrônica [sistematização de todo o processo]. Dentre os resultados, destacam-se:
a) Enfrentamento às barreiras invisíveis (vieses inconscientes) que permeiam ações de mulheres, que acabam por reforçar estereótipos discriminatórios;
b) Conscientização sobre a existência de tais vieses inconscientes como impulsionadores da hierarquização entre mulheres e homens, com base, principalmente, nas diferenças de sexo, raça, orientação sexual e identidades de gênero, visando à ressignificação (algo que se modifica ao modificar);
c) Conscientização sobre a importância da ocupação de espaços de decisão e poder pelas mulheres, nos diversos âmbitos;
d) Empoderamento de mulheres para que vislumbrem um futuro ocupando espaços de poder e decisão, principalmente nos âmbitos político, governamental e empresarial;
e) Embasamento de políticas públicas educativas, voltadas para o aumento do número de mulheres nos espaços de poder e na construção de referências femininas, moldadas pela horizontalidade, paz, equidade e justiça social.

Este projeto se concretiza com o apoio do Ministério das Mulheres, por meio de uma emenda parlamentar da deputada federal Juliana Cardoso.
[Em breve,  vídeo com o depoimento dela].

Conheças nossas educadoras!

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Amelinha Teles

[Maria Amélia de Almeida Teles] é consultora jurídica e educadora popular feminista em direitos humanos. É membro da União de Mulheres de São Paulo e uma das coordenadoras do Projeto Promotoras Legais Populares e do Projeto Maria, Marias, em parceria com o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais IBCCRIM. Ela é uma das nomeadas brasileiras para o Prêmio Nobel de 2005, uma indicação coletiva de 1000 mulheres ao Prêmio Nobel da Paz de todo o mundo.

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Cristina Costa

Professora Titular de Comunicação e Cultura da Escola de Comunicações e Artes da USP, bolsista do CNPq em Produtividade em Pesquisa, autora de diversos livros entre os quais se destacam “Censura em Cena” e “Ficção, Comunicação e Mídias”. É também psicanalista do Instituto Brasileiro de Ciência e Psicanálise.

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Judeti Zilli

Vereadora do PT em um mandato coletivo em Ribeirão Preto, professora da rede pública municipal, ativista feminista e educadora social feminista.

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Marilda Lemos

Doutora em ciências sociais pela FFLCH/USP (tese “Alívio e tensão: um estudo sobre as delegacias de defesa da mulher e distritos policiais na seccional de Santo André); Membro do Comdim de Pirajuí/SP; Facilitadora do Programa E Agora José? de Pirajuí e professora do Curso Gênero e Masculinidades do mesmo programa da ONG Entre Nós.

Silmara-Conchao-mulheres-pela-paz

Silmara Conchão

Professora universitária, socióloga, feminista, ex Secretária de Políticas para as Mulheres de Santo André, mestra em sociologia e doutora em ciências da saúde.

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Vera Vieira

Jornalista, doutora em comunicação e feminismo pela Universidade de São Paulo, diretora executiva da Associação Mulheres pela Paz e educadora popular feminista. Foi coordenadora e educadora da Rede Mulher de Educação no período de 1996 a 2008. Escreveu e coordenou várias publicações sobre violência de gênero e também sobre mídias digitais e feminismo. É coordenadora regional [Brasil] da PWAG – Peace Women Across the Globe, com sede na Suíça.

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Zeza Lopes

[Maria José Lopes Souza] é educadora da Rede Mulher de Educação e pontualmente da Associação Mulheres pela Paz. Integrou a equipe de um dos três primeiros serviços no enfrentamento da violência de gênero, no Brasil, na década de 80. Atualmente, atua em projetos com foco na geração de renda, em comunidades rurais, indígenas e cooperativas de catadores/as do resíduo reciclável, na perspectiva de gênero.

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Rai de Almeida

Rai de Almeida é vereadora na cidade de Piracicaba pelo Partido dos Trabalhadores pelo terceiro mandato não consecutivo. Advogada, mestre em Direito e pós-graduada em Educação para os Direitos Humanos pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP). É militante da Marcha Mundial da Mulheres.

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Maria Amélia Teles

[Maria Amélia de Almeida Teles] é consultora jurídica e educadora popular feminista em direitos humanos. É membro da União de Mulheres de São Paulo e uma das coordenadoras do Projeto Promotoras Legais Populares e do Projeto Maria, Marias, em parceria com o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais IBCCRIM. Ela é uma das nomeadas brasileiras para o Prêmio Nobel de 2005, uma indicação coletiva de 1000 mulheres ao Prêmio Nobel da Paz de todo o mundo.

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Cristina Costa

Professora Titular de Comunicação e Cultura da Escola de Comunicações e Artes da USP, bolsista do CNPq em Produtividade em Pesquisa, autora de diversos livros entre os quais se destacam “Censura em Cena” e “Ficção, Comunicação e Mídias”. É também psicanalista do Instituto Brasileiro de Ciência e Psicanálise.

Judeti-Zilli-mulheres-pela-paz

Judeti Zilli

Vereadora do PT em um mandato coletivo em Ribeirão Preto, professora da rede pública municipal, ativista feminista e educadora social feminista.

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Marilda Lemos

Doutora em ciências sociais pela FFLCH/USP (tese “Alívio e tensão: um estudo sobre as delegacias de defesa da mulher e distritos policiais na seccional de Santo André); Membro do Comdim de Pirajuí/SP; Facilitadora do Programa E Agora José? de Pirajuí e professora do Curso Gênero e Masculinidades do mesmo programa da ONG Entre Nós.

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Silmara Conchão

Professora universitária, socióloga, feminista, ex Secretária de Políticas para as Mulheres de Santo André, mestra em sociologia e doutora em ciências da saúde.

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Vera Vieira

Jornalista, doutora em comunicação e feminismo pela Universidade de São Paulo, diretora executiva da Associação Mulheres pela Paz e educadora popular feminista. Foi coordenadora e educadora da Rede Mulher de Educação no período de 1996 a 2008. Escreveu e coordenou várias publicações sobre violência de gênero e também sobre mídias digitais e feminismo. É coordenadora regional [Brasil] da PWAG – Peace Women Across the Globe, com sede na Suíça.

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[Maria José Lopes Souza] é educadora da Rede Mulher de Educação e pontualmente da Associação Mulheres pela Paz. Integrou a equipe de um dos três primeiros serviços no enfrentamento da violência de gênero, no Brasil, na década de 80. Atualmente, atua em projetos com foco na geração de renda, em comunidades rurais, indígenas e cooperativas de catadores/as do resíduo reciclável, na perspectiva de gênero.

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Rai de Almeida

Rai de Almeida é vereadora na cidade de Piracicaba pelo Partido dos Trabalhadores pelo terceiro mandato não consecutivo. Advogada, mestre em Direito e pós-graduada em Educação para os Direitos Humanos pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP). É militante da Marcha Mundial da Mulheres.

Os cursos são ministrados via Zoom.
Em nossa plataforma, você tem todo o material de apoio, como vídeos e documentos para consulta e download, além dos exercícios preliminares a serem realizados.
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