Módulo 5 – Você se sente uma mulher em busca constante do empoderamento? Quais fatos marcam esse percurso?

Sim, me sinto muito empoderada na vida pessoal e profissional, é o resultado d da minha forma de conduzir a minha trajetória profissional,

Apesar de perceber que a opressão às mulheres sempre que incomodou, não faz muito tempo que entendi que essa situação pode ser alterada e que posso contribuir para isso. Desde então tenho buscado acreditar no meu potencial e na minha possibilidade de atuação na luta pela equidade social. Entrei no doutorado para estudar gênero, busco participar de cursos/palestras sobre o tema, busco assistir/ouvir/estar com mulheres que estão nesta luta e sempre falo sobre o assunto com pessoas que o desconhecem.

Creio que precisamos discutir o sentido que queremos dar ao empoderamento e as relações sociais estabelecidas. Se pensarmos que é uma ação coletiva, que pode potencializar a conscientização e o conhecimento sobre nossos direitos, se torna muito interessante. Assim, se defendemos que o empoderamento pode estar presente nos desafios por mudanças nas relações patriarcais, na quebra da manutenção de privilégios, na invalidação das decisões baseadas somente no gênero etc., sim me sinto empoderada. O empoderamento vem ao encontro da luta pela equidade de gênero, no processo de transformação das relações sociais, sejam políticas, econômicas, de poder, culturais etc., encontra forças nas transformações dos processos de dominação dos homens sobre as mulheres, que estão estruturadas nas bases da nossa sociedade. Sim, entendo o empoderamento como a autonomia, autocontrole, autoconfiança e a autoestima para estarmos empoderadas em nossas individualidades, nossas escolhas, nossos corpos, nossas sexualidades, liberdades e no exercício de nossas competências.

sim, toda minha trajetória acadêmica e profissional é em busca do empoderamento e da conquista de acesso a todos os lugares que desejo

Sim, sou atuante em causas contra as opressões a partir da minha prática docente. Reivindico meu lugar político como mulher que tem voz e sabe sobre suas escolhas nos circuitos por onde transito, mesmo que isso cause desconforto, como é o caso do ambiente familiar.
Dos fatos que marcam minha história:
– relação afetiva
– (de)formação/carreira acadêmica
– atuação política
– transfeminismo
– luta antirracista
– luta contra LGBTQIA+fobia
…

Me sinto em partes uma mulher empoderada. Primeiro porque sou descendente de mulheres potentes e corajosas, que mesmo sendo julgadas, são como são e agem como querem. Tenho orgulho disso, mas, por outro lado, ser assim, na nossa sociedade crítica, machista e opressora tem um peso e isso me assusta, em partes, de dar minha opinião. Mas, as vezes, não me aguento, falo e banco as consequências. Então, tivemos avanços, principalmente, no último século, de conquistas de direitos e espaços no ambiente de trabalho. Porém, socialmente ainda sinto, que as expectativas sociais e os diversos papéis que exercemos no nosso dia a dia, acabam me impedindo de dizer que sou uma mulher empoderada por completo. Confesso que, muitas dessas expectativas me atingem e me impedem de buscar mais empoderamento.

Sim. Mas isto não é tão simples e automático ou naturalmente fluído. O empoderamento é uma busca constante que requer atenção, sensibilidade e compreensão do caminho percorrido ou a ser percorrido. É um exercício diário.

Sim, busco através dos estudos ampliar o conhecimento, reivindicar os meus direitos, de ter voz ativa, conversando com outras mulheres, embora ainda tenha um longo caminho para percorrer, e deixar de ser invisível, lidar com as adversidades do dia a dia. E o meu trabalho foi uma dessas portas que se abriu e que gerou possibilidades de transformações.

Me sinto empoderada sim. Desde criança vendo minha mãe sempre muito dependente de meu pai, não teve oportunidade de estudar, trabalhar, vivendo de forma submissa e naquela época com poucas opções, eu já tinha em mente que gostaria de fazer diferente. Que queria ter autonomia sobre minhas decisões, minhas escolhas, ideias, comprar uma casa, ter um veículo próprio, estudo, um bom trabalho, estudar. E ao longo de minha vida fui galgando meus objetivos e conquistando um a um, com muito esforço e vontade. Atualmente sou servidora pública, tenho minha casa própria, meu carro, pago minhas despesas, viajo. E estou sempre buscando o melhor e me qualificar mais, pois acredito que estudo e qualificações nos empoderam e muito. Nos dá coragem para enfrentar os desafios; e vencê-los é sempre muito gratificante.

Depois de um relacionamento abusivo , depois que me libertei , me tornei uma mulher empoderada , e tenho lutado para que outras mulheres se tornem empoderadas . Sempre procuro dizer o quanto elas sao valorosas , e maravilhosas e capazes de conquistar seus sonhos e objetivos.

Sim. O que marca esse meu percurso é a busca e o investimento na minha educação acadêmica e também, por meio do estudo de questões de gênero e raça, que acredito serem primordiais nessa construção.

sempre em busca de me priorizar em todos aspectos da minha vida e não dar o poder a ninguém de minimizar a minha jornada e uma luta diária e pocisionamentos constantes

O empoderamento feminino contribui para que as mulheres tenham o direito de participar ativamente dos mais diversos tipos de debates, tomando decisões que influenciarão no futuro de sua região, país, ou sociedade como um todo.

Sim, o empoderamento é um pilar importante na minha trajetória, e essa busca foi se construindo e ressignificando ao longo dos anos. Em meu trabalho, sempre vejo as mulheres que acompanho, especialmente em situações de vulnerabilidade, como fonte de inspiração para seguir em frente. O projeto Força Feminina, que idealizei, tem exatamente esse propósito: empoderar mulheres digitalmente e mostrar que há espaço para cada uma se expressar, evoluir e transformar sua realidade.

Momentos importantes, como o curso Mulheres Ocupando e Transformando os Espaços de Poder e Decisão, reforçaram minha certeza sobre a importância de ocupar espaços e desconstruir estereótipos. Minha inscrição para o mestrado com o projeto sobre maternidade nas periferias também reflete um desejo de compreender e trazer visibilidade para temas que impactam a vida de muitas mulheres, indo do empoderamento até as dificuldades e exclusões sociais que enfrentam.

Sim. Acho que enquanto mulher o empoderamento inicia desde que a consciência começa. O empoderamento do próprio corpo, as questões de ocupar lugares, as decisões de carreira profissional, as decisões amorosas, de família, da maternidade. Sempre foi, e é, empurrado as formas de pensar e existir para as mulheres, e com isso, a insegurança de ser quem é com todas as outras questões “”””esperadas”””” socialmente aniquilam a autonomia e independência que o empoderamento traz. Acho que pra mim, os fatos marcantes do empoderamento é um resumo disso, constantemente me empoderar para não cair na armadilha do padrão estético, do que é esperado no âmbito familiar e conseguir ser apenas quem eu sou, com as ideias que eu tenho

Sim. O constante despertar sobre o meu corpo e mente. Ainda somos criadas em territórios que desassociam nossa percepção sobre nossas mentalidades, então quando consigo me apropriar daquilo que penso e tomo posse de qualquer espaço denominado pelo sistema patriarcal como inapropriado para mim, eu me sinto dona de mim.

Sim, eu me sinto uma mulher em busca constante do empoderamento. Para mim, empoderar-se é um processo contínuo de autoconhecimento e de acolhimento da própria essência, que envolve reconhecer e honrar minhas emoções, necessidades e a força que existe em mim. Ao longo da minha vida, diversos momentos foram fundamentais para esse percurso, em que busquei estar mais em conexão com minha verdade e a liberdade interior.
Um dos marcos dessa busca foi o momento em que comecei a perceber as limitações impostas pela sociedade, pela cultura e até mesmo pelos padrões familiares aos quais fui exposta. Esse despertar me permitiu questionar as expectativas que definem o papel da mulher e entender que essas limitações não são minha verdade. Com isso, passei a buscar maior autonomia e igualdade, reconhecendo que minha voz, assim como a de outras mulheres, tem grande valor e merece ser ouvida. Em vez de lutar contra o que me limitava, passei a acolher essas questões e a transformá-las em ações de fortalecimento pessoal.
Minha trajetória acadêmica e profissional também desempenhou um papel fundamental nesse caminho. Ao enfrentar desafios no ambiente educacional e no mercado de trabalho, aprendi a lidar com as adversidades com maior confiança. Em vez de me ver como uma vítima das circunstâncias, passei a me perceber como parte de um todo, onde minha contribuição e o reconhecimento do meu valor eram necessários. Quando comecei a ocupar espaços como este , percebi que o empoderamento vai além da experiência individual; ele se expande quando se compartilha o poder com outras mulheres, quando se cria uma rede de apoio e quando se abre espaço para que todas possamos florescer.
Além disso, empoderar-se também envolve a aceitação plena de quem sou, com todas as minhas forças e vulnerabilidades. Reconhecer minhas imperfeições não como fraquezas, mas como parte de minha humanidade, me permite viver com mais autenticidade. A prática da autocompaixão e do não-julgamento tem sido essencial para que eu continue meu caminho com mais leveza. A busca pelo empoderamento, para mim, é uma vivência constante, um movimento de crescimento e expansão, que, embora envolva desafios, é também uma jornada de celebração de quem sou em todos os meus aspectos, com todos os meus sentimentos e experiências.

Sim, o empoderamento feminino é uma luta coletiva, e ainda temos muito a conquistar e consolidar.
Individualmente , desde muito nova, lutei pra ter minha independência financeira e intelectual e tive muitas vezes, enfrentamentos contra o essa sociendade machista, onde escolher ser você mesma e fazer suas próprias escolhas tem um preço alto a se pagar, mas valeu, não escolheria diferente, saberme-me mulher, que conquistou a liberdade que tenho me fez emocionalmente mais forte e segura para novas conquistas.
Quando moça escutei muito que não precisaria estudar tanto, se ía me casar e ter filhos.
Em minha familia a necessidade financeira me abriu portas, pois com um salário a mais, poderia ajudar em casa, em contrapartida casar e formar uma familia era constantemente me “cobrado”, e quase sem perceber fui me encaminhando pra esse projeto que não era meu, mas de meus pais, quando vi, já havia outro homem querendo fazer escolhas por mim…por anos tentei me enquadrar neste projeto de vida eu realmente fiz todo o “papel” que me era cobrado, até eu verificar a grande hipocrisia da situação de um homem querendo mandar em mim, sendo muitas vezes sustentado por meu salário, relacionamento baseado em mentiras, violência psicológica e física,abusos, depreciação, exploração, acho que sofri todos os tipos de violência, até me fortalecer, buscar ajuda, aprender a me amar, me cuidar e me separar.
Hoje busco a mim mesma e minhas próprias escolhas em minha caminhada e vejo que não estou só, não sou a única, mas espero ser uma das últimas, quero acreditar que isso vai acabar nas próximas gerações e que no futuro cada um poderá ser o que quiser ser, sem medo, sem discriminação e violência.

O processo de empoderamento é uma dialética em constante movimento em nossa vida, sinto que temos como mulher estar em constante busca por conhecimento e reafirmar nosso papel desde as relações familiares, de trabalho, sociais. Porque se não tivermos essa consciência somos consumidas pelos padrões impostos pela sociedade e que reiteram a divisão de papéis entre homens e mulheres reforçando o machismo que fomenta várias formas de violência e violação de direitos que sofremos

Sim, me sinto em busca desse empoderamento. Fatos que marcaram, posso citar ser uma mulher muito ativa nos projetos em que me envolvo, e apesar de receber muitas críticas, e ate grosserias machistas , nao desistir.
De ser uma pessoa ativa politicamente. De ser uma pessoa que busca aprender sempre.
apesar disso, eu vejo que durante minha vida, algumas decisões foram tomadas pelos outros, como o fato de ter que me casar na igreja de uma determinada religião, e mesmo o fato de em casar, coisa que eu nao queria, mas foi uma imposição, devido a crenças religiosas da minha sogra. E isso foi recente, há 5 anos. nao é cm se fosse nos anos 1980…. isso me entristece mto, e isso me faz odiar demais o dia que eu casei. porque nao foi do jeito que queria.

Sim, desde de sair de casa, até o meu primeiro emprego, na luta em denunciar questões como assédio e racismo em instituições.