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a) Poderia compartilhar alguma situação vivenciada ou presenciada em que houve reforço de discriminação sexista, no transcorrer de sua vida?

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Visualizando 18 respostas da discussão
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    • #4920

      Escreva abaixo sua resposta

    • #5532

      Após passar por uma violência sexual quando criança, comecei a me retrair, me incomodar com a minha imagem feminina. E quando atingi a puberdade e comecei a ouvir coisas muito pesadas na rua, por parte dos homens, sobre meu corpo, pois minhas curvas ficaram mais acentuadas, resolvi mudar a forma como me vestia para tentar fugir do assédio dos homens. Passei a vestir roupas largas e masculinas e usar boné. E como eu adorava jogar futebol com os meninos ou outras brincadeiras que não eram consideradas de meninas, os pais dos meus amigos começaram a achar que eu era lésbica. Uma vez o pai de uma amiga gritou no meio da rua para a filha dela sair de perto de mim, porque ele não queria ela brincando com a sapatão. Isso foi algo que marcou muito minha adolescência que foi de muita angústia e desconforto com meu corpo e esse papel de feminilidade que nos era empurrado.

    • #5597

      Uma vez estava em uma loja de jogos de vídeo game com meu enteado e conforme ele ia escolhendo os jogos ele passava por um da barbie e colocava lá de novo, vi que ele pegou umas três vezes, então falei para ele que se ele queria aquele jogo que poderia pegar que não tinha nenhum problema. Ele pegou o jogo e tinham outras crianças e pais na loja e todos me olharam com uma cara de espanto, quando saímos escutei eles conversando baixinho.

    • #5623

      Algumas situações foram vivenciadas, me recordo de uma simples em uma festa de “gêmeos”. Eu e meu esposo fomos fantasiados iguais de tartarugas ninja. Uma moça olhou pra nós e disse que não havia gostado da minha fantasia porque parecia menino. Já presenciada sempre ouço ou vejo entre as professoras da escola ao enfatizar para as meninas que “isso não é coisa de menina”.

    • #5628

      Em vagas de empregos. Nós mulheres sempre somos questionadas sobre nossa habilidades e se teremos condições em garantir que todas ás tarefas serão desempenhadas, somos questionadas, principalmente se formos mães.

    • #5643

      Ser preterida no espaço de trabalho por ser mulher, apesar de ter mais vivencias e conhecimentos

    • #5650
      tania gomes
      Participante

      Quando eu era criança eu gostava muito de brincar com os meninos, de estar com eles, porque suas brincadeiras me pareciam muito mais divertidas e eles também muito mais interessantes. Não que não gostasse de brincar de bonecas ou com as meninas, mas eu também me interessava pelo universo feminino. As minhas irmãs, que eram mais velhas, me chamavam de Maria Bonito, pois só queria viver no bando de meninos e algumas “brincadeiras” e comentários me deixavam sem graça e incomodada.

    • #5658
      Louise
      Participante

      No condomínio em que moro, fui abordada e criticada por caminhar nas áreas comuns de top (braços e barriga à mostra), me informaram que eu não poderia andar sem camisa por estes espaços, enquanto isso homens sem camisa circulavam pelas mesmas áreas sem sofrerem o constragimento que sofri.

    • #5694
      Fernanda.Kelly
      Participante

      Nesse caso eu me incluo por já ter vivido essas questões, nós mulheres somos constantemente criticadas, assediadas, xingadas e consideradas promíscua pela roupa que vestimos. Em certos casos, já fui diminuída por andar com roupas mais curtas, sendo que em nenhum momento aquela vestimenta condizia com meu caráter. São situações constrangedoras.

    • #5698

      Ser xingada de “virgem prometida do Hamas”, devido ao meu envolvimento com a luta em prol da Palestina; ouvir (muito e, principalmente, por parte de homens) que têm medo de lidar comigo pelo fato de eu sempre me posicionar e atuar em ambientes majoritariamente masculinos (como em arquibancadas nos estádios/jogos de futebol ou no sistema prisional, por exemplo) etc.

    • #5703

      Quando eu era adolescente, tinha uma amiga com quem eu me identificava muito, na verdade somos amigas até hoje, depois de adultas. Algumas pessoas ficavam insinuando que nossa amizade era duvidosa, simplesmente pelo fato de estarmos sempre juntas, de andarmos de mãos dadas.

    • #5713
      Bruno Marioto Soares
      Participante

      Acredito que seja no momento em que não era confortável jogar futebol. E por alguns anos na minha vida, sofri alguns apontamentos em relação ao não jogar ou jogar de forma que era inadequado segundo as regras sociais do cotidiano do homem.

    • #5725

      Aconteceram várias, uma vez um sindicalista disse que não me jogava pela janela pq eu era mulher, e não valia a pena…

    • #5758

      Perfeito os assuntos abordados nos dois vídeos .

    • #5780

      Com certeza, o próprio vídeo retrata tudo o que presenciei e presencio na minha vida, começa no lar onde o menino pode tudo e a menina não pode nada, venho de um lar machista. Locais de trabalho sempre vejo o machismo reinar quando a mulher tem dificuldade de dar respostas que combatam o machismo que a diminue e acha que ela é apenas uma serviçal, nas ruas e transporte público, enfim, o cotidiano da vida de muitas mulheres é isso, somos vítimas de um sistema patriarcal.

    • #5806
      Maria Malaquias
      Participante

      Sou de uma família preta de sete filhos, sendo cinco mulheres. na minha infância eu e minhas irmãs não ficávamos condicionada ao gênero para brincar, como na rua de casa tinha muitos meninos e brincávamos com meninos e meninas, no entanto, éramos chamadas pela vizinhança de “macheiras” porque brincavamos de correrr, matança , carrinho de rolemam, de bola com os meninos, assim e as mães incentivava as meninas a não brincar comigo e comigo e minhas irmãs

    • #6083
      Lucilene Cruz
      Participante

      MUitas. Mas observando meu neto de 5 anos hj, ele vem afirmando que a irmã não pode brincar com os brinquedros dele, carrinhos por exemplo, pois é de menino; ele diz que ele é menino e as coisas de menino são azuis, exemplo um copo, prato. Achei curioso e perguntei a ele quem dizia essas coisas. Pois os pais não tem este postura, principalmente por eu ter criado e educado o pai dele fazendo e ensinando a ele a fazer as tarefas de casa, inclusive lavar roupas e costurar e el quando era criança dizia a irmã menor que mulher dirige carro sim, pois “a mamãe é mulher e dirige”. Ele me respondeu que era as tias da crechê que não deixavam ele brincar com brinquedos das meninas e vise-verso. Incrivel podermos observar que nas escola e bem no ensino infantil ainda tem muitas professoras que pensam e dizem isso às crianças, lamentável.

    • #6094
      Rosangela Duarte
      Participante

      Minha filha com 10 anos em 2015 estudava numa escola , que tinha uma professora conservadora que feito uma enquete para saber em que os alunos votariam, minha filha disse que votaria na Dilma e os amigos , disseram: vc uma menina tão linda e inteligente vai votar na Dilma, mulher, feia e sapatona. Em resposta minha filha disse que votaria pq ela era mulher, inteligente e que sexualidade dela não iria interferir no trabalho que ela exercia pois era integra politica, sabia o que estava fazendo e não era os pais que tinha feito a cabeça dela e sim ela que tinha opinião própria e refletia nas ações das pessoas. Eu questionei a escola pela prof tentar fazê la mudar de opinião, a qual tive um belo desconto e a professora foi dispensada da escola.

    • #6142
      ANA PAULA BRITO NUNES
      Participante

      Minha filha de apenas 4 anos, que a escola não aceitava que ela gostasse de brincar de carrinho e colocava na cabeça da criança que aquele era um brinquedo de menino. Hoje é trabalho desconstruir isso com ela, pois ela fixou que cores, brinquedos e comportamentos são típicos de cada sexo.

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