É um desafio, mas como falou Sâmia, não é possível abandonar a luta. Concordo com a Roseaney que fala em uma sociedade machista, mas defendo que temos conseguido muitas conquistas. Em cada ambiente de circulação é preciso defender o espaço das mulheres, apresentar dados que mostram as diferenças e “brigar” para ocupar lugares, postos, cargos e direitos que são legítimos. Na minha universidade, temos empreendido uma luta pela inclusão das referências femininas, negras e indígenas nos planos de ensino, trazido esse tema para a sala de aula. Temos realizado pesquisas que mostram as diferenças de acesso, participado de forma mais ativa nos espaço de decisão. Temos combatido de forma sistemática a violência de todos os tipos, mesmo que isso em um primeiro momento não dê em nada, mas tem gerado movimento de mudança. Pelo menos no sentido de tirar as pessoas de suas zonas de conforto e de discursos que repetem mais do mesmo, sem mudanças. Tivemos uma conquista recente com a alteração da Lei 9.394 (LDB) com a inclusão da obrigatoriedade de incluir abordagens fundamentadas nas experiências e nas perspectivas femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio. Ou seja, defendo que juntas somos mais fortes.